No
dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá, festejada em todo o Brasil, a Federação
Cultural Afro-Religiosa de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina) programou um
festival em sua homenagem na orla de Macapá, reunindo fiéis e admiradores de
religiões de matriz africanas, e comunidades que realizam festejos tradicionais
e culturais com raízes afro. No Amapá, cerca de 300 terreiros estão em
funcionamento, e movimentam um grande número de pais, mães e filhos de santos,
que cultuam entidades nascidas da natureza, simbolizadas por imagens.
Iemanjá
é um Orixá africano, rainha dos mares, protetora dos pescadores e jangadeiros.
Assim como outras entidades de terreiros, é professada no catolicismo, e
chamada de Nossa Senhora da Conceição, uma das manifestações da Virgem Maria.
Em suas festas, devotos e pagadores de promessas a homenageiam com canto, dança
e orações, e jogando flores nas águas.
No
dia 2, dedicado à ela, a programação inicia às 16h, e segue até 23h, em frente
ao trapiche Eliezer Levy. Após a abertura, com a concentração de sacerdotes,
tem apresentações de capoeira, makulelê, marabaixo, hip hop, rumpilê e do grupo
Tambores Tucujus. Às 17h, as autoridades religiosas fazem um breve
pronunciamento, e às 18h acontece o rufar dos tambores em homenagem à Iemanjá.
A programação segue com a entrega de oferendas na água e banho de cheiro, e
tambor de mina.
“É uma festa aberta para o público, de religiões de
matriz africanas ou curiosos que queiram conhecer nossas tradições religiosas.
Esta interação é muito importante para desmistificar e acabar com o preconceito
por ignorância. Esta é nossa religião, estes são nossos costumes, e assim como
as demais religiões, merece respeito. Todos serão bem recebidos e
acolhidos”, disse a mãe de santo Iolete Nunes, da Fecarumina.
Mariléia Maciel
Fotos: Márcia do Carmo
Fotos: Márcia do Carmo
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