Procuradora Regional Eleitoral, Nathália Mariel e coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Anne Pariz, uma das conferencistas do evento
(Foto: Cliver Campos)
O Município de Macapá participou da conferência que
incentiva a participação da mulher na política, no sentido de contribuir com o
debate, dialogar sobre a realidade da política local em relação à
representatividade feminina, trocar experiências e sugerir propostas sobre o
tema. O evento aconteceu na terça-feira, 28, no auditório do Tribunal Regional
Eleitoral do Amapá (TRE/AP), e foi realizado pelo Ministério Público Federal no
Amapá, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral.
A coordenadora municipal de Políticas Públicas para
Mulheres, Anne Pariz, ressaltou que é fundamental a formação política no
segmento. “Essa é uma capacitação política para as mulheres, um incentivo para
que elas ocupem ainda mais os espaços no poder, na política, nos mandatos, visto
que ainda temos uma bancada onde os homens são maioria. Esse encontro tem o
propósito de fazer com que elas entendam como se dá esse processo e se sintam
motivadas a ir para um pleito, não apenas na base eleitoral, mas também nas
associações de mulheres, de bairros, para despertar a liderança delas”.
A procuradora regional Eleitoral, Nathália Mariel,
destacou a relevância de estimular a participação feminina nos cargos
políticos. “Esse evento é para tentar trazer uma maior conscientização para a
população feminina do Amapá, para buscar uma maior representatividade, para que
as mulheres tenham uma referência no palco político dessa representação, que
ainda está muito fraca. A mulher é o maior número na população, mas se formos
comparar com os mandatos políticos, ainda somos minoria. Então, tentaremos
corrigir essa desproporção e trazer esse debate para que a sociedade possa se
inteirar um pouquinho sobre os desafios que podem vir com essa missão”.
De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
uma em cada oito candidatas não receberam um voto sequer nas eleições para
vereador em 2016. Isso pode indicar a ocorrência de fraudes nas candidaturas,
já que a Lei 9.504/97 obriga os partidos a destinarem pelo menos 30% das
candidaturas nas eleições proporcionais à participação feminina. Candidaturas
fictícias podem configurar crime de falsidade ideológica eleitoral, podendo
resultar na cassação de mandato daqueles que se beneficiaram com a fraude. A
ampliação do debate sobre o tema pode prevenir esse tipo de irregularidade.
Cliver
Campos
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