sábado, 20 de fevereiro de 2010

Liesa entra em recesso e apuração do carnaval volta à estaca zero

Ao que tudo indica as cenas da novela "O Carnaval" ainda estão longe de acabar. Ontem à tarde a presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesa), Maria José Marjô Silva, em entrevista ao Diário do Amapá, por telefone, disse que a entidade estava entrando em recesso pelo período de quatro dias, para entre outros assuntos fazer a organização da prestação de contas do carnaval, já que muitos fornecedores, segundo ela, estavam "enfurecidos" pela falta de pagamento. O recesso foi autorizado pelo Conse-lho da Liga.

Segundo a presidente da Liesa, até por volta das 15h de ontem, 19, a presidência não havia recebido qualquer documentação oficial expedida pela Prefeitura de Macapá ou Ministério Público do Estado, recomendando que a Liga ou seus conselheiros voltassem atrás na decisão tomada de eleger todas as escolas campeãs do carnaval 2010. A única informação que ela confirmou foi a de que a Escola de Samba Piratas da Batucada havia entrado com uma ação judicial.

Segundo ainda Marjô Silva, cabe exclusivamente ao Conselho decidir se os envelopes serão abertos ou se a primeira decisão será mantida definitivamente. Enquanto isso, os envelopes com as notas que ainda não foram divulgadas permanecem retidos sobre forte esquema de segurança no Comando Geral da Polícia Militar.

O prefeito de Macapá, Roberto Góes, que tinha como objetivo encaminhar uma recomendação ainda na quinta-feira, 18, falou durante entrevista coletiva que se a recomendação não fosse acatada, a Prefeitura e possivelmente o governo do Estado (ambos maiores patrocinadores do evento) buscariam remédios jurídicos para reverter a situação, abrir os envelopes e declarar os vencedores. A informação do recesso repentino da Liesa voltou a exaltar os ânimos de muitos presidentes de escolas de samba e da própria população.

A Prefeitura de Macapá informou que um agente da Casa Civil Militar tentava protocolar o documento que trata da recomendação feita pelo prefeito aos conselheiros da Liesa. O agente militar não conseguiu protocolar a tempo. A porta da Liesa já estava fechada.

Fonte: Jornal Diário do Amapá

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